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CISTO ACROMIOCLAVICULAR

Relato de caso

Paciente H.C.S. de sexo feminino, 89 anos, apresentando tumefação volumosa, indolor e mole à palpação, não pulsátil sobre a articulação acromioclavicular, com aparecimento progressivo, com cerca de um mês de evolução. Portadora também de osteoartrose foi encaminhada para realização de ultrassonografia de partes moles do ombro direito no serviço de Bioimagem do Hospital das Clínicas de Alagoinhas (HCA), onde foi atendida por um dos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem.

Na avaliação identificou-se imagem anecóica, multiloculada, volumosa, sem fluxo ao doppler, em topografia acromioclavicular, confirmando a suspeita de cisto acromioclavicular (AC).

Os cistos AC são entidades clínicas raras, estando definidos, etiologicamente, 2 tipos de cistos AC. O tipo 1, menos frequente, está associado à degeneração isolada da articulação acromioclavicular, que foi o caso desta paciente. O tipo 2 encontra-se associado à rotura da coifa dos rotadores (sobretudo à avulsão do tendão supraespinhal) e a consequente artropatia da coifa dos rotadores. A artropatia da coifa provocará uma migração cefálica do úmero e instabilidade gleno-umeral com desgaste da porção inferior da cápsula articular da AC. Posteriormente ocorrerá rotura da cápsula e migração do líquido articular gleno-umeral para o interior da articulação AC (sinal de Geyser) originando o cisto AC, sinal patognomônico desta patologia e identificado com facilidade por ressonância nuclear magnética.

O tratamento dos cistos tanto pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo dos sintomas, idade do doente e da função articular do ombro. No caso de doentes com idade avançada, leve sintomatologia e boa função articular, como este caso relatado, é preferível o tratamento conservador, com vigilância e com posterior aspiração do cisto, produz excelentes resultados, mesmo na presença de lesão da coifa dos rotadores.

OBSTRUÇÃO DA JUP

Relato de caso

Paciente A.R.D.S, 42 anos, sexo feminino, encaminhada para realização da ultrassonografia das vias urinárias no serviço de Bioimagem da clínica ION Grupo CAM, onde foi atendida por um dos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem.

Na avaliação identificou-se imagem anecóica de dilatação piélica e volumosa massa cística na pelve renal à direita, o que fez suspeitar imediatamente de obstrução da JUP (junção ureteropélvica). Esta anormalidade do trato urinário é a causa mais comum de hidronefrose neonatal não fisiológica com uma incidência de 1 a 2.000 nascidos vivos e é mais comum em sexo masculino.

A obstrução da junção ureteropélvica neste caso específico, detectado pelo médico da Vital, foi muito interessante pois se tratava de um adulto que nunca teve sintomas, do sexo feminino, com uma dilatação volumosa na pelve renal unilateral, com imagem de massa cística uniloculada, o que é raro.

A paciente foi encaminhada para o urologista e o mesmo solicitou exames complementares que confirmaram a suspeita, o que foi muito gratificante para a equipe da Vital desvendar mais este diagnóstico raro.

DIVERTÍCULO VESICAL (Diagnóstico Ultrassonográfico)

Relato de caso

Paciente ACS, 59 anos, sexo masculino, procurou o serviço de bioimagem do HCA (Hospital das Clínicas de Alagoinhas) para realização de ultrassonografia, encaminhado pelo urologista, com clínica de dor em abdome inferior e hematúria macroscópica.

Avaliado por um dos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem, identificou-se imagem sacular com colo de comunicação vesical próximo ao assoalho pélvico a direita, com volume aproximado de 70 ml e com volume pós-miccional na bexiga de 293 ml. A imagem de fácil identificação na ultrassonografia foi de grande valia no diagnóstico de divertículo vesical para o urologista.

Os divertículos vesicais surgem habitualmente em pacientes com obstrução infravesical e consequente elevada pressão intravesical. Apesar dos divertículos serem frequentemente pequenos, assintomáticos e não necessitarem de tratamento, alguns podem ser bastante volumosos e se não tratados provocar alta morbidade. A avaliação diagnóstica destas situações deve incluir, além da ultrassonografia, cistouretrografia, urografia intravenosa e cistoscopia. Estudo urodinâmico facultativo, TAC e cintigrafia renal podem ser efetuados também. O tratamento inclui a cirurgia endoscópica ou via aberta. De qualquer forma, a obstrução infravesical deve sempre ser tratada primeiro ou em combinação com a diverticulectomia.


Fotos cedidas pela equipe médica da Vital Diagnóstico por Imagem, bioimagem HCA.

ÚTERO DIDELFO

Relato de caso


Paciente A.D.S.C., 15 anos, sexo feminino, apresentando quadro de dismenorreia e dispareunia em região pélvica. Foi encaminhada para realização da ultrassonografia da pelve no serviço de Bioimagem do Hospital das Clínicas de Alagoinhas, onde foi atendida por um dos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem.

Na avaliação da região pélvica dos órgãos, identificou-se imagem de úteros separados com duas cavidades e dimensões diferentes, suspeitando-se de malformações Müllerianas, que poderia incluir como principais diagnósticos diferenciais útero didelfo e bicorno. Diversas são as anomalias uterinas, algumas das quais podem estar relacionadas com infertilidade, aborto de repetição ou partos prematuros. No entanto, mesmo portando alterações, a grande maioria das mulheres consegue conceber.

Alguns exames auxiliam muito nesse processo diagnóstico, como ultrassonografia transvaginal, histerossonografia, histerossalpingografia, ressonância nuclear magnética e histeroscopia. Outro método de diagnóstico hoje muito utilizado é a ultrassonografia 3D que tem sido apontada como uma excelente forma de avaliação de malformações uterinas. Neste caso específico foi fechado o diagnóstico de útero didelfo após a ressonância.

O útero didelfo trata-se de uma malformação uterina, marcada pela ausência de fusão dos ductos de Müller, resultando na presença de dois hemiúteros, colo duplo, bem como uma vagina dupla em grande parte dos casos.

 

DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL

Relato de caso

Paciente PKAB, 23 anos, sexo feminino, G1 P0 A0 ,com exame laboratorial de Beta-HCG positivo com valores maior que 30.000, procurou o nosso serviço de Ultrassonografia na ION Grupo CAM em Feira de Santana,foi atendida por um dos nossos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem.

Na avaliação ecográfica identificou-se um útero aumentado com imagem ecogênica, com múltiplas vesículas anecóicas de tamanhos diferentes, sem fluxo intrauterino, ausência de feto e/ou BCF(batimento cardio-fetal), sugerindo Doença Trofoblástica Gestacional. Imediatamente foi orientada a procurar um serviço especializado em ginecologia e obstetrícia para tratamento e acompanhamento.

A Doença Trofoblástica Gestacional é o termo usado para nomear os tumores do trofoblasto viloso placentário, englobando as diferentes formas da mola hidatiforme, a mola invasora, o coriocarcinoma e o tumor trofoblástico do sítio placentário(PSTT).Estas três últimas são denominadas neoplasia trofoblástica gestacional.O diagnóstico definitivo será concluído com o estudo histopatológico do material coletado após o tratamento. No entanto, a ultrassonografia é o melhor método diagnóstico não invasivo para a identificação precoce das patologias trofoblásticas.

GANGLIONEUROMA RETROPERITONEAL

Relato de caso

Paciente E.N.A.S.S, 8 anos, sexo masculino, foi admitido no serviço de bioimagem do HAD (Hospital Agnus Dei), encaminhado pelo pediatra especializado em oncologia, para realização de ultrassonografia do abdome total.

Avaliado por um dos médicos da Vital, identificou-se imagem isoecóica em relação ao fígado, deslocando o pâncreas e a veia cava inferior para frente, a aorta para trás e os rins para seus respectivos lados, sem sinais de infiltração destas estruturas. Imagem esta situada na linha média, no andar superior do retroperitônio, com volume estimado em torno de 154 cm³, apresentando fluxo ao Doppler Colorido.

Em 2013, o paciente havia realizado exames ecográficos no serviço da Vital pela primeira vez, onde foi detectada a imagem. Desde então, prosseguiu o acompanhamento ultrassonográfico com esta mesma equipe e com serviço de oncologia pediátrica do estado de São Paulo, pelo qual foi feito, em 2015, o diagnóstico definitivo de ganglioneuroma retroperitoneal através do exame histopatológico.

O ganglioneuroma é um tumor benigno raro que surge tipicamente em adultos jovens, mais frequentemente no mediastino posterior e retroperitôneo. A maioria dos casos são assintomáticos e quando desencadeiam sintomas, é devido ao efeito de massa. O diagnóstico é sugerido por meios complementares por exames de imagem, mas carece de confirmação histológica. O tratamento é essencialmente cirúrgico quando possível, embora em centros clínicos experientes se opte também pela vigilância, que foi o caso deste paciente.

GRAVIDEZ ECTÓPICA

quadro de dor a

 

Paciente V.S.O, 32 anos, sexo feminino, foi admitida à emergência do hospital HAD (Hospital Agnus Dei), com quadro de dor abdominal leve e discreto sangramento genital. Realizou o exame de Beta-HCG (teste de gravidez) que deu positivo. Foi então encaminhada para realização da ultrassonografia endovaginal. Na USG, foi evidenciada a gravidez ectópica, presença do saco gestacional em topografia extra-uterina, na região anexial esquerda (topografia da tuba). No interior do saco gestacional, havia um embrião vivo de 3,3 mm de CCN (comprimento cabeça-nádegas), com frequência cardíaca de 110 batimentos por minuto. Notava-se ainda presença de grande quantidade de sangue na cavidade pélvica em fundo de saco posterior. A paciente foi encaminhada então para avaliação obstétrica e graças ao diagnóstico rápido e preciso foi submetida à cirurgia que ocorreu sem intercorrências.

A gravidez ectópica ocorre quando o saco gestacional se implanta fora da cavidade uterina. O sítio mais comum de gravidez ectópica é a região da tuba uterina. Outros sítios menos freqüentes são os ovários, o colo uterino, a região cornual do útero, a cicatriz cesariana e a cavidade abdominal. Os principais sinais sintomas são dor pélvica, náuseas/vômitos, sangramento genital e palidez cutânea.