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TROMBOSE DE CARÓTIDAS

A Vital Diagnóstico por Imagem apresenta dessa vez um caso interessante identificado por um de seus médicos. Este caso foi visualizado no Hospital São Matheus (Feira de Santana) em uma paciente com 65 anos admitida após um quadro de AVE (Acidente Vascular Encefálico). Foi realizado um exame de Doppler de Carótidas e vertebrais e identificada trombose nas artérias carótidas esquerdas.

A trombose é a formação de coágulos sangüíneos nas artérias carótidas comum, interna ou externa, podendo produzir estenose ou oclusão dos vasos, levando à isquemia (falta de circulação e oxigenização) ou infarto dos tecidos nutridos por estas artérias.

A trombose das artérias carótidas comum e interna pode resultar em ataque isquêmico transitório, infarto cerebral (AVE) ou amaurose fugaz (cegueira devido a compressão do nervo óptico).

O exame ecográfico é uma importante ferramenta diagnóstica para estabelecer o tratamento mais adequado para o caso.

HOLOPROSENCEFALIA

A Vital Diagnóstico por Imagem mais uma vez relata um caso interessante e raro com incidência entre 1/16000 a 1/53000 nascidos vivos. Este caso foi identificado em um feto com idade gestacional em torno de 32 semanas no Hospital das Clínicas de Alagoinhas (HCA), visualizando-se alterações cerebrais graves de holoprosencefalia através da ecografia obstétrica.

O termo holoprosencefalia (HPC) é usado para o complexo de deformidades hemisféricas causadas por falha no desenvolvimento da vesícula prosencefálica. A vesícula prosencefálica é a parte mais cranial do tubo neural. Conforme o grau de severidade dessas várias falhas, a HPC pode sofrer as seguintes gradações: alobar, semilobar, lobar e arrinencefalia isolada.

A holoprosencefalia é uma patologia grave frequentemente associada a anormalidades de face, mas pode ocorrer também como malformação isolada, como neste caso relatado, ou estar presente em outras síndromes. Não existe tratamento para a holoprosencefalia e o prognóstico para os indivíduos que sobrevivem é muito ruim.

TROMBOSE DE VEIA PORTA

Relato de caso

Paciente AMDJ, 73 anos, sexo feminino, sem queixas. Foi encaminhada para realização de ultrassonografia do abdome total no serviço de Bioimagem do Hospital das Clínicas de Alagoinhas, onde foi atendida por um dos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem.

Na avaliação da região superior dos órgãos sólidos identificou-se imagem de nodular hipoecóica, margem circunscrita, com fluxo vascular predominantemente central ao Doppler, em segmento II do fígado, medindo 9.6 x 5.4 x 6.5 cm. Além desta imagem também foi observado imagem hipoecóica de trombo causando obstrução total do ramo portal esquerdo sem fluxo no vaso ao Doppler.

A trombose de veia porta pode ser detectado no seu tronco principal ou nos seus ramos, neste caso identificado no ramo portal esquerdo. Dentre as causas de trombose de veia porta, podemos ter a desitratação, estados de choque, neoplasias malignas como hepatocarcinoma ou metástases hepáticas, carcinoma de pâncreas, leiomiossarcoma primário da veia porta , pancreatite crônica, hepatites, esplenectomia, estado hipercoagulabilidade como a gravidez, pileflebite ( processo infeccioso envolvendo a veia porta, decorrente de apendicite aguda ou sepse abdominal por exemplo), outras coagulopatias, invasão portal por tumores extra-hepáticos, trauma, cateterismos, aumento da resistência do fluxo (casos de cirrose, Budd-Chiari, esquistossomose hepatoesplênica ), onfalite neonatal e mesmo após esplenectomia de varizes. Neste caso específico foi por associação com a tumoração hepática. Paciente foi encaminhado para tomografia e avaliação clínica, no intuito de continuar a investigação e conclusão diagnóstica, principalmente do tipo tumoral, que foi levantado a suspeita de hepatocarcinoma.

A trombose de veia porta pode cursar com hipertensão portal, sendo a sua causa mais comum do tipo pré-hepática. Neste caso como a obstrução foi em um dos ramos portais, a paciente ainda não havia manifestado sintomatologia, no entanto tem associação com processo tumoral hepático, importante para conduta clínica, detectado pela nossa equipe.

COLEDOCOLITÍASE(Caso Clínico)

Relato de caso

A Vital Diagnóstico por Imagem desta vez traz para vocês um caso clínico agudo e grave que precisa de cuidados imediatos, devido à sua evolução rápida.

No Hospital Agnus Dei um dos nossos médicos, com grande experiência em emergência, detectou através do exame de ultrassonografia de abdome total imagem de cálculo impactado no ducto colédoco, em um paciente com fortes dores no abdome superior e vômitos.

A coledocolitíase refere-se à presença de cálculo biliar no interior do colédoco, sendo na sua grande maioria (em torno de 90 a 95%) oriundos da migração de cálculos da vesícula biliar.

O tratamento deve ser o mais breve possível e pode ser disponibilizado uma Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE), onde será removido o cálculo do interior do colédoco. Em seguida deverá ser realizada a colecistectomia (retirada da vesícula biliar), já que é na vesícula o local de armazenamento e formação de cálculos.

MALFORMAÇÕES DO PRIMEIRO TRIMESTRE GESTACIONAL(Diagnóstico Ultrassonográfico)

Relato de caso

Paciente N.P.D.S., 20 anos, sexo feminino, gestante, acompanhada pelo serviço de bioimagem da Vital na ION grupo CAM durante o primeiro trimestre.

Ao ser avaliada por um dos nossos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem, para realização de Ultrassonografia do primeiro trimestre gestacional, identificou-se gestação gemelar dicoriônica e diamniótica. Um dos embriões encontrava-se vivo e o outro com ausência total dos batimentos cardio-embrionários, confirmando inviabilidade do mesmo. Aconselhou-se acompanhamento seriado e no morfológico fetal do 1º trimestre foram identificadas malformações de extrusão de órgãos torácicos e abdominais. No tórax, o coração apresentava extrusão total, além das alças intestinais, fígado e estômago envolvidos por membrana na falha da parede abdominal. Nos marcadores de cromossomopatias identificou-se uma TN (translucência nucal) aumentada e ausência de osso nasal.

Neste período existe uma grande dificuldade de confirmação diagnóstica, pelo próprio tamanho do feto e a suspeita de associações patológicas, que podem ser melhor avaliadas com a evolução da gestação. Neste caso específico suspeitou de ectopia do coração associada à onfalocele estendida com possibilidade de incluir também a síndrome toracoabdominal, o que ainda inclui nesta, a Pentalogia de Cantrell e outros defeitos da linha média como fissuras labiopalatinas. Existe grande associação com aneuploidias, principalmente a trissomia do 18.

Outra hipótese discutida pelo grupo Vital foi a possibilidade de Body Stalk anomaly (síndrome do cordão umbilical curto) que é uma anomalia congênita rara, caracterizada pelo cordão umbilical rudimentar ou ausente, associado a defeito estendido da parede abdominal anterior fetal e algumas vezes com malformações músculo-esqueléticas. É via de regra uma patologia grave e letal, especialmente por hipoplasia pulmonar.

Apesar de rara estas malformações podem estar presentes no nosso meio e as características constatadas precocemente pelo ultrassonografista podem direcionar o acompanhamento e o prognóstico do especialista para suas pacientes. Nesses casos de preferência, encaminhar para serviços especializados em medicina fetal.

CISTOS DE BARTHOLIN(Caso Clínico)

A Vital Diagnóstico por Imagem mantém sempre o intuito de ajudar nos diagnósticos (sejam eles casos agudos ou não) e para isso conta com a experiência, cuidado e atenção de seus médicos.

Até mesmo os casos mais simples se não houver uma atenção e dedicação durante o exame podem se passar despercebidos.

Neste caso foram identificados dois cistos simples no interior do canal vaginal no exame ecográfico realizado por via transvaginal, onde a paciente relatava apenas dor durante o ato sexual (dispareunia).

A glândula de Bartholin localiza-se na parte anterior da vagina e tem a função de lubrificá-la, principalmente durante o contato íntimo. No entanto, esta glândula pode inflamar e ficar obstruída devido ao acúmulo do líquido dentro da própria glândula, dando origem ao cisto de Bartholin.

O cisto de Bartholin geralmente é indolor, não apresentando sintomas e pode ter cura espontânea. Porém, quando o líquido fica infectado com pus, dá-se origem à infecção da glândula de Bartholin (bartolinite aguda).

MICROCEFALIA (Diagnóstico Ultrassonográfico)

Paciente P.O.C.S.S., 25 anos, sexo feminino, gestante, aproximadamente no oitavo mês, G1P0A0, procurou o serviço de Bioimagem do HCA (Hospital das Clínicas de Alagoinhas) para realização de ultrassonografia obstétrica e ecocardiograma fetal. No histórico relatou ter adquirido Zika vírus no primeiro trimestre da gestação.

Avaliado por um dos médicos da Vital Diagnóstico por Imagem, identificou-se a presença de um crânio pequeno desproporcional para a idade gestacional, além de baixo peso, feto PIG (pequeno para a idade gestacional), confirmando o diagnóstico de microcefalia.

A microcefalia é uma condição neurológica em que o tamanho da cabeça é menor que o tamanho típico para a idade do feto. A microcefalia pode ser congênita, adquirida ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida. A microcefalia pode ser provocada pela exposição à substâncias nocivas durante o desenvolvimento fetal ou estar associada com síndromes genéticas hereditárias.

Neste caso específico, o que chama atenção é a exposição ao Zika vírus no primeiro trimestre de gestação, que apesar da dificuldade de associação diagnóstica, devido ao escasso ou quase nenhum relato na literatura atual, a incidência de casos de microcefalia fetal nessas pacientes vem aumentando no Brasil. Nesta unidade já é o segundo caso relatado pela equipe da Vital. É também de grande importância o comunicado na Secretaria de Saúde do município.


Fotos cedidas pela equipe médica da Vital Diagnóstico por Imagem, Bioimagem HCA.